quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ares novos...

Mudar...talvez a palavra abra espaço pra muitos significados, e nem tão bons quanto gostaríamos que fossem, o que importa é que estou mudando, mudando de ares, mudando de cabeça, mudando de vida e o que mais me incomoda na situação é que os ares são quentes...e eu continuo frio.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Despedida

Talvez dizer "Adeus" não seja tão fácil quanto achamos, talvez nem consigamos nos despedir de alguém quando necessário. A hora da despedida vem flamejando, nos queima, nos irrita e as vezes faz com que choremos. Mas a hora da despedida não é aquela em que se veêm os abraços, se enxugam as lágrimas e promete-se uma visita, a hora da despedida é aquela em que você consegue dizer tchau, quando você para e percebe que não tem mais a pessoa ali a seu alcance, pra conversar, pra passar o tempo e pra fazer parte de você. Hoje é minha despedida, consegui perceber que não temos mais você aqui. Talvez naquela noite fosse estranho dizer "adeus", você nem disse, me convidou para entrar na casa, para conversar, mandou que eu desse tchau para tua mãe, depois se lembrou que você é que iria embora. Pois é, hoje digo "adeus". Percebo que passo naquela rua e não paro mais depois do semáforo, não procuro mais vagas antes da lixeira, não conto mais os 23 degraus da tua escada para no fim secar algumas garrafas de vinho e fumar alguns cigarros. Sentirei falta do vinho e do cigarro, sentirei falta dos degraus, do interfone, da lixeira, do semáforo, do barulho irritante do portão e de chegar e ficar do lado de fora esperando que a porta se abrisse e eu desse de cara com uma pessoa pálida, com suas roupas da adolescencia, a internet conectada, a louça sem lavar, a garrafa de água vazia, a pizza de frigideira com maionese, as mesmas promessas de que nunca mais beberia, até que se passasse cinco minutos e novamente nós com os cigarros acesos e os copos cheios. Hoje sentirei falta de tudo isso, não das banalidades que cada coisa isolada representa, mas de você, pois cada ato, cada gesto simbolizavam sua presença, sua existência em nossas vidas. Hoje ergo a taça cheia de vinho e brindo a você, esperando o reencontro e evitando noavas despedidas.