quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Primeira Agência Matrimonial Gay do Brasil

Mais um avanço a partir da aprovação da união civíl entre pessoas do mesmo sexo. Dia 14 de dezembro ficou online o site da primeira agência matrimonial gay do Brasil. O trabalho é voltado para pessoas que buscam um relacionamento sério e estável. O trabalho funciona a partir de um acompanhamento psicológico e de um traçado do perfil do cliente e da pessoa que busca. Segundo a direção da agência, devido a grande procura de gays e lésbicas por um relacionamento estável e a falta de expectativas em relação a noite, a clubes voltados a GLS, fez-se necessário pensar em tal estratégia. Quando o cliente faz o cadastro no site da empresa, um atendente faz contato, marca uma primeira visita, onde é apresentado o trabalho, faz-se uma proposta que melhor se encaixa em sua procura e inicia-se o que chamam de "Acompanhamento Afetivo". Esse acompanhamento tem por objetivo investigar a vida relacional do sujeito, seus contatos anteriores, relacionamentos e a partir daí tornar sua busca mais assertiva e também desmitificar a idéia de que homossexuais não conseguem manter um relacionamento sério e duradouro. O trabalho funciona a partir de contratos de encontros, onde a pessoa assume a responsabilidade em se permitir um relacionamento estável e sua disponibilidade para isso e a agência propõe uma busca de perfis com no mínimo 70% de compatibilidade. Sucesso a agência de casamentos FREELOVE.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Resposta a Carta enviada para o deputado Marco Feliciano pela psicóloga Marisa Lobo

Surpreso, li hoje o texto da colega Marisa Lobo, que se autodenomina psicóloga cristã. Achei um discurso bem interessante do ponto de vista antropológico e também crítico; um discurso extremamente preconceituoso e justificante, se pensarmos socialmente e em uma esfera ampliada. Tal psicóloga fez uma carta de repúdio ao deputado Marco Feliciano, acusando o Conselho Federal de Psicologia de postura “antiética, amoral e isolada” ao participar de passeata defendendo o Kit anti homofobia do Ministério da Educação e Cultura, previsto para fazer parte dos apetrechos pedagógicos futuramente utilizados no ensino público (corrigindo a profissional que diz que o kit irá figurar no ensino de crianças; a previsão é para o Ensino Médio).

Podemos analisar o comportamento de tal pessoa como um reflexo do que acontece na sociedade e do que motivou tal kit a ser pensado. A profissional em questão explicita claramente o ódio sentido e as propensões pessoais envolvidas em seu discurso. Já podemos perceber pelo título utilizado em comparação às cores do arco íris utilizadas pelo CFP na passeata, considerando-se psicóloga CRISTÃ, a mesma, faz apologia a crenças, convicções, mas deixaremos de lado tais indagações, pois, como diz a própria psicóloga, “é vedado ao profissional de psicologia induzir à convicções filosóficas, religiosas, de orientação sexual”, tal profissional deve saber, tanto quanto eu o quanto tal denominação provoca em seus clientes e em tantas pessoas que vê associado a um título humano, assistencial e empático uma adjetivação de “cristã”, haja vista o quanto historicamente isso pode assinalar.

Pois bem, acho justo expor também minha visão, porém, tentando ser o menos possível pautado por minhas convicções pessoais e sim analisando historicamente, socialmente e refletindo sobre o que isso pode trazer.

Provavelmente não se deu atenção devida ao mesmo artigo e alínea do Código de Ética do Psicólogo que Marisa cita, já que finalizando a frase, vemos o cerne da questão, dizendo que o psicólogo “...NÃO PODE INDUZIR A QUALQUER TIPO DE PRECONCEITO”, fica claro que a “profissional” em questão utiliza-se de algo bastante difundido, infelizmente, no meio dos profissionais, sejam psi ou outras classes, que é a utilização tendenciosa e parcial tanto do código de ética, quanto dos conceitos apreendidos.

O CFP infringe o código de ética lutando pelo respeito à cidadania e à dignidade humana, quando defende um kit anti homofóbico (e não kit gay, como ficou conhecido pela bancada evangélica da câmara, termo difundido pela colega Marisa)? Mas a psicóloga em questão não vê infrações éticas quando se refere a homossexuais como pessoas com a libido sexual pervertida e problemáticos emocionalmente, além de insinuar serem promíscuos (quando associa o relacionamento homossexual a uma prática apenas para obtenção de prazer sexual)?

A única convicção a que somos levados é a de igualdade; de que a violência gratuita é prejudicial, é uma doença social, algo que deve ser banido. Lutar contra o fundamentalismo religioso, que prega a violência, o desrespeito, além de expurgar o pensamento “amplamente difundido no seio familiar”, como diz Marisa, de que o homossexual pertence ao gueto, deve ficar no escuro e silêncio, fazendo tantos jovens sentirem como desmerecedores de afeto e respeito atém mesmo por parte da família, transportando para o armário todas as pessoas diferentes, uma vez que o incômodo de lidar com o diverso desperta raiva, medo e reações preocupantes. Justamente nessa linha é que a defesa do kit anti homofobia se faz necessária, é lutando pela promoção da dignidade que o CFP honra seu vínculo social e humano, mostrando que o trabalho é pautado pelo respeito ao sujeito e seus direitos fundamentais.

Espero que, para chegar ao segundo artigo do Código de Ética a colega tenha passado pelos princípios fundamentais e verificado em seu inciso I que “O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos”. Ainda lido o inciso II “O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Ainda podemos pensar no Art. 2 do Código de Ética, que a profissional se apega, onde foca a alínea b, sem se dar conta de que a alínea a, que, ao psicólogo veda o seguinte: “Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão”.

Acho de extrema importância que Marisa leia a carta do CFP que explica os motivos de aprovar o kit, que leia também a justificativa e se posicione para a realidade, procure saber as notícias chocantes de adolescentes espancados, de violência gratuita e até mesmo mortes, por uma simples discordância no que se refere a orientação sexual. Tal material não é feito para incentivar um ou outro tipo de comportamento sexual, mas para lutar contra o preconceito e essa animalesca violência de que temos notícias.

Portanto, deixo aberta minha decisão de não compartilhar da opinião de Marisa Lobo, que, indevidamente fala pelos profissionais psi, além de manifestar repúdio total à carta apresentada, lamentando que pessoas que deveriam ser um esteio e promover a luta pela ética, dignidade e igualdade assumam uma postura religiosa, pessoal; associando ainda o título de profissional psicóloga a determinações e crenças; defendendo, contrariamente ao mesmo código que a orienta, o preconceito, a visão pessoal, turva e o incentivo a atitudes homofóbicas e violentas.



Rafael Higino Wagner

Psicólogo CRP 06/98324

Link da Carta enviada por Marisa Lobo
http://www.guiame.com.br/v4/blog_marisa/145484-1857-Marisa-Lobo-questiona-C-F-P-sobre-passeata-em-apoio-ao-kit-gay.html

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Palavra que não se traduz...

Quando se pensa em relações sinceras, em sentimentos verdadeiros, em entendimentos sem palavras logo nos vem a cabeça situações utópicas. Para mim, vem a cabeça algo real, algo vivido e sentido. Porque quando se tem alguém com quem pode falar tudo que quer, tudo que pensa, tudo que sente e perceber que compartilham as mesmas emoções, por mais diferentes que sejam nunca se está sozinho. Se preciso falar assuntos sérios, lá estamos; se é necessário rir, melhor ainda juntos; se for para beber, cairemos na mesma calçada e se for para chorar, nos confortaremos juntos. É um amor sincero, uma cumplicidade incondicional, é adentrar a alma do outro e se misturar, sorrir e chorar, cantar e beber, ser feliz e sofrer; tudo isso em conjunto. Nem o tempo, nem qualquer distância ou barreira destroem as pontes que unem amigos, a ponte que ligam pessoa. As vezes nos bate uma insegurança, um sentir egoísta, de que estamos perdendo, que seremos substituídos, mas nada disso é real, as pessoas são únicas e nos marcam de forma singular. Sei que ninguém jamais irá fazer parte da minha vida dessa forma, assim como, tristemente sei que o que passou não volta atrás. Mas o futuro se revela tão belo, tão promissor e os relacionamentos só se intensificarão. Conservo dentro de mim, lá no fundo, epremida essa saudade, vontade de sentar e falar, de sair, de e estar junto, mas inevitavelmente é como estamos; unidos por laços invisíveis, mas indissolúveis, como almas irmãs, se fica triste, também sinto e pela minha felicidade também quero que esteja bem.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Inspire o futuro e expire o passado"

As vezes torna-se necessário exercitar o desapego, deixar partir e respirar novos ares. Ouvi uma vez a frase "inspire o futuro e expire o passado" e acredito que isso resume em muito nossa vida e seus acontecimentos, inspirar o futuro simboliza a existência garantida por novos acontecimentos  e o sopro para fora do passado o reconhecimento de que precisou disso, reconhecimento de vida através do que teve anteriormente e a necessidade de um novo fôlego. A vida se faz assim, a respiração é isso, algo natural, te mantém vivo e faz-se leve, espontâneo. Dessa forma pode repensar seu passado, seus amores e deixá-los livres para partir, desvincular-se, ter a consciência de que representaram algo vital e por imposições do destino ou por fatos concretos deixaram de simbolizar aquilo que a priore faziam. Quem passa por nosso caminho deixa rastros, as pessoas tornam-se inesquecíveis e especiais por inúmeros motivos e deixar de compartilhar um relacionamento amoroso, por exemplo não é algo ruim, ao contrário, significa que a vida está tomando seu rumo, que tem possibilidade de crescimento e pode deixar a pessoa também crescer, não precisa se afastar, ambos tem um significado e participação na vida um do outro. Deixar a vida seguir sua função é deixar o coração bater, olhar-se, amar-se e amar ao outro de uma forma generosa, libertando-o de uma relação que pode estar falida, que tira pedaços e que não acrescenta. Assim conseguimos sentir novos ares adentrando os pulmões e deixamos o gás carbônico, o veneno sair, nos mantemos vivos e fazemos pelo outro aquilo que é melhor, para os dois lados.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

OBJETO IDEAL

Estive envolto em pensamentos sobre as nossas escolhas. Desde crianças somos impulsionados a decidir sobre uma ou outra coisa e sempre seguindo padrões pré-estabelecidos. Devemos desistir de uma escolha porque mamãe não deixa, não podemos pôr a mão em nada porque papai não quer, e assim vamos nos moldando de acordo com o ideal de nossos pais, nos transformamos na junção do ideal de ego de ambos e assim trazemos também uma herança neurótica, a sombra de medos da nossa família aliada a sombra de nossos antepassados.
Em nossas escolhas passadas criávamos expectativas sobre cada item. Papai dizia para não escolhermos um brinquedo e fazia uma propaganda gigantesca sobre outro. Assim fantasiávamos as possibilidades incríveis daquela nova escolha em cima do que nos diziam e seguimos posteriormente o mesmo padrão de respostas. Hoje fantasia um objeto falho em objeto ideal, vê possibilidades, enxerga qualidades fascinantes e o transforma exatamente naquilo que você precisa, naquilo que lhe falta. Porém, como tudo que é fantasioso; passamos a enxergar pequenos indícios de realidade com o tempo e acabamos por não suportar o verdadeiro, o real, já que este tem falhas, este é imperfeito e não é o que gostaríamos de ser (sim, gostaríamos de ser aquilo que idealizamos, suprimos nossas faltas no outro). Esse processo de apego com o real é o mais dolorido, ou temos uma postura suficientemente madura para aceitar essas lacunas e redescobrir as reais qualidades ou sucumbimos às nossas frustrações e deixamos de lado o que tanto queríamos, encontramos mil desculpas para nos desfazer disso ou daquilo, nos tornamos indigestos às pessoas e expelimos até para no fim nos confortar dizendo que o outro é quem foi o culpado, é que se afastou (você o afasta).
E assim partimos para nossa próxima “escolha”; aliás, para nossa próxima tentativa de perfeição narcísica, buscando a pessoa ideal, o emprego sensacional e os amigos mais maravilhosos que poderíamos ter (assim nos conformamos por não sermos a pessoa ideal para outro, etc). Melhor nos decepcionar com alguém, que nos decepcionar conosco, é bem mais fácil ver a culpa nessa pessoa, que tentarmos mudar e nos transformar nisso que queremos que o outro seja.

sábado, 12 de março de 2011

TREVAS

Correntes se arrastam, sentimentos se confundem, cada vez mais embrutecidas ficam as pessoas. Verdadeiros monstros, algozes de seus próprios companheiros, animais, um devora o outro, massacram-se guerreiam entre si, despem-se de toda humanidade e compaixão. O capital, sublime capital, tão debatido, estudado, marxizado, esmiuçado; era antes um objeto, tornou-se, porém, protagonista. E nós, vivenciamos o abandono, o medo, a perda, a loucura e nos jogamos, as vezes na rua, calçadas, preenchemos nosso vazio com vazios ainda maiores, não vivemos sem o cansaço, só nos sentimos gente com escassez de tempo, com falta de carinho, falta de amor e sobrecargas de sentimentos ruins. Só vejo trevas, só vejo nuvens no futuro. É a visão que tenho da humanidade hoje.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Boas ou Más?

Alguém já brincou com os sentimentos das pessoas? Claro que sim, mesmo que inconscientemente, todo nós já cometemos um ou outro ato perverso. Me recordo de já ter feito coisas não-orgulháveis, é lógico que depois racionalizamos, nos colocamos no papel de vítimas, juramos que o fizemos por necessidade, afinal de contas também é difícil nos conformarmos em sermos algozes. Porém, o que deveríamos entender é que todos temos um lado ruim e um lado bom, seria inocência imaginar as pessoas essencialmente boas ou más; cada um tem um pouco de tudo dentro de si, energias que se equilibram, sentimentos que oscilam. Mas, o que me indigna são as pessoas que se fazem de santas, de equilibradas (não entendem que o equilíbrio vem das duas energias se balanceando, julgam o equilíbrio como a essência da bondade); pessoas que posam de asinhas e escondem os chifrinhos; me dá vontade de tomar as flechas do cupido, entregar-lhe logo o tridente, despi-lo da candura e mostrar-lhe o carmim escondido. Repito, o equilíbrio só é alcançado quando aceitamos possuir um lado obscuro, quando deixamos de nos fazer de bonzinhos e enxergamos nossa mácula. Arrancaria hoje as asas, o arco e as flechas do cupido...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SER PSICÓLOGO


Muitos psicólogos que conheço insistem em assoberbar-se com seu conhecimento e sabedoria. Acham-se no direito de analisar e cuspir sua visão.
Ser psicólogo é mergulhar dentro do outro, é sofrer com ele, sentir com ele e mostrar-se empático. A sabedoria maior está em entender, ouvir e emocionar-se com o que também lhe pode acontecer. Ser psicólogo é ser humano, afinal somos humanos; SER HUMANO. Dezenas de teorias que se unem para tentar tornar-lhe sensível e não superior ao outro, para que saiba que é vulnerável, para que saiba que pode ser o outro e não para sobrepujá-lo. O ouvir nada tem a ver com o julgar, tampouco com o aconselhar. Sua voz tem a ver com a voz do outro, com o resgate do homem que está em sua frente, com o resgate daquilo que seu cliente realmente é. É a união entre duas pessoas. O ser ouvinte, o ser comunicante que transforman-se em um, e nessa fusão pensam juntos, como uma pessoa, é a solução que seu cliente pode dar e não sua sabedoria sobreposta à capacidade de ação do outro. Ser psicólogo é ser capaz de ser o outro.





Fonte: http://www.webartigos.com/articles/50709/1/O-Psicologo-e-sua-atuacao/pagina1.html#ixzz1Ce8VPNp6 por Rafael Higino Wagner

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O que acontece

Não sei o que me tem acontecido, talvez tenha me conformado com o inconformável, ultimamente tenho pensado como nunca quis pensar, como se não desejasse, como se não pudesse mais querer o que sempre busquei. Já não sinto o mesmo ânimo pelas grandes empreitadas, me disseram que isso se chama amadurecimento; talvez fosse melhor ser criança. Ando sentindo por isso, sentindo pela falta de vontade, sentindo pelo que não mais quero. Me transformando em alguém que priva pela satisfação imediata, alguém que não luta mais pelo que o coração pede, alguém que segue o que a cabeça manda. E o que me faz ser assim? Quero muito descobrir, quero muito ir contra, quero muito novamente QUERER. Estou de luto pelo que deixo de desejar, luto pelo não lutar. Quero sonhar, quero buscar, quero lutar, quero fantasiar, quero me iludir. A vida que não é sujeita às ilusões não é vida, pois quando deixamos de nos iludir, deixamos de sentir até mesmo que estamos preparados para o futuro, para um futuro, no caso. Quero que venha o futuro incerto, quero que venha o obscuro, o que foge do meu controle...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Novos rumos

Vi um caminho e resolvi seguir, já não me lembrava que tinha pés, que minhas pernas movimentavam-se e eu fosse capaz de trilhar. Derepente senti um formigamento e vi que era capaz. Fui (SOU)capaz; dei os primeiros passos. Estou caminhando...eu sei andar! Mas me assusto por não conseguir ver onde o caminho vai dar. As vezes uma curva tapa a visão e lá vem novamente a fantasia a me boicotar, a criar monstros, obstáculos e desânimo; e acho novamente que não sou capaz. Agora estou de cabeça erguida, sei que posso, sei que consigo. Além dos monstros interiores muitas vezes lido com os monstros próximos, os palpáveis. Aqueles "amigos" que me colocam pra baixo, aquelas pessoas que tiram minha auto-confiança. Agora sobrevivo com minha companhia, estou convivendo comigo e gostando da experiência, indo adiante, procurando o melhor pra mim. Estou no caminho, indo, seguindo em frente. Veremos onde a estrada irá me levar...