sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Tudo o que eu vivo

Andei ouvindo rumores sobre o fato de não postar nada a meu respeito, então hoje farei disso aqui minha terapia particular. C0nsidero que é parecido com qualquer terapeuta, pouco me dirá em retribuição e sozinho caminharei para a finalização. Pois bem, cobraram-me que falasse sobre como eu sou, como vivo e o que faço. Quem eu sou? ou O que eu sou? Talvez devesse falar sobre meus defeitos, acho que falarei sobre eles. Sou alguém que só sei me reconhecer através do olhar do outro, sinto-me perdido por não saber quem sou, por olhar no espelho e não saber entender o que vejo, daí tenho meus amigos, eles que me mostram o que sou, o que gosto e como quero continuar a ser. Me disseram certa vez que devo me aproximar de pessoas que quero ser parecido, que tenho que ter metas. Estou próximo de quem eu gosto, a vida é feita de pequenos interesses e interesses mesquinhos; os pequenos são esses, estar com quem gostamos, compartilhar alegrias, os mesquinhos são aqueles que me foram ditos, tentar tirar vantagens e aproveitar-se nem se sabe ao certo de que. O que eu faço? faço com que meus dias sejam intensos, inesquecíveis, felizes, são momentos que me fazem ver que vale a pena viver, faço aquilo que tenho coragem de fazer e testo meus limites a cada dia, não me prendo a lugares, me prendo a pessoas, dou o que tenho de melhor e vivo como se cada uma delas me fosse essencial para sobreviver, fossem parte do meu ar. Enfim, apenas vivo, sem saber quem sou, sem saber para onde vou, mas acompanhado de quem me completa e me faz ver que sou alguém.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Talvez...

Talvez seja a hora de se lançar em novos vôos, de ir em direção aquilo que busco.
Talvez seja a hora de descobrir o que busco, de ver dentro de mim o que escondo.
Talvez seja a hora de esconder aquilo que expus, de fechar as portas e abrir as janelas...
Adoro janelas...quero uma bem aberta!

Mais um dia nessa cela fria...

Hoje tentei várias vezes postar algo, mas a criatividade não é algo inerente, as vezes nos contaminamos com o dia, com quem conversamos. Aquela mesma amiga de ontem saiu comigo pra conversarmos, sabe que papo de terapeutas só funciona se regado a alcool, acho que é um ingrediente catártico. Pois bem, conversamos rodeados pelas long necks q nos velavam e partilhavam do assunto. Percebi progressos nela, falou em separar-se, fumou um cigarro, fumou outro, resolveu abandonar as long necks, recebemos a visita de outra amiga; um trio terapêutico. O que mais faltava?
Abandonar as long necks e pedir vinho!
Foi a minha hora. Sai, fui comer, conversar com seres humanos. Passei de volta beirando a meia noite e lá estavam elas. O maldito vinho sempre as trai, por isso prefiro as cervejas em long necks, elas são dóceis, cheias de curvas, tem a temperatura certa, a quantidade ideal e um bronzeado inigualável, ficam a nos olhar e não cobram nada em troca, quando percebem que não estamos bem, fazem com que as rejeitemo-nas. Já o vinho traz em si o próprio Baco, pronto pra nos ver ao chão, nos trair, nos ver tirar a roupa e lançar-nos ao sexo desenfreado.
Bom...não as vi lançadas aos instintos carnais, mas suas linguas as traia...e lá estavam elas falando alto, gritando palavras não tão belas e se rendendo ao deus do prazer, da luxúria...Baco as tinha dominado e elas fizeram daquela mesa um verdadeiro ritual, onde as pessoas da mesa vizinha olhavam extasiadas e hipocritamente faziam cara de rejeição, porque o mundo é assim: todos adoram ver o sofrimento alheio, todos adoram ouvir as palavras que não ousam sussurrar e ao final fazem cara de espanto e fingem estar horrorizados, um bando de sádicos a espreita na platéia sempre prontos pra ver e criticar e por dentro gozarem com tudo aquilo que não podem um dia sonhar em fazer.
Enfim, peguei as duas, coloquei no carro, levei-as pra casa e não partilhei do culto da noite, acho que estou ficando velho, cheguei a fazer a mesma cara de rejeição das pessoas das mesas ao lado.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ano novo...mesmos problemas

Sempre ouço dizerem que ano novo é vida nova, talvez até seja, mas não passa de planos impossíveis de um monte de gente que não tem força para mudar. Pior, tem aqueles que até mudam, começam a se mexer para fazer alguma coisa, mas só fazem cagada. Tenho duas amigas que estão em choque com a idéia de mudança; uma delas treme só em pensar que o fato de ter terminado a faculdade fará com que volte a depender dos pais, a dar satisfação de toda a sua vida e resolveu tomar suas atitudes de ano novo. De imediato está pensando em se casar, se casar com o ex-namorado, figura estranhissima, do tipo ogro, que acha que laptop é uma bala de goma. Se enfiou em um inferno particular, acha que tudo o que a mãe dela faz é para o seu mal, acho que até anda imaginando um tronco para ser chicoteada na casa dos pais. Diz não querer perder sua vida daqui. Vai entrar numa furada, vai perder os amigos, deixar de festar, perder as mordomias e ainda por cima virar dona-de-casa. Se bem que não consigo imaginá-la fritando um ovo. Bom, meus conselhos são aqueles de quem se preocupa com o futuro: aprenda a cozinhar, entenda um pouco de economia doméstica, corte as unhas porque vai enroscar nas roupas e aproveite pra cortar os cabelos também, assim economizará tintura. Seguindo a mesma linha de conselhos, posso te garantir que a redução do seu vocabulário a apenas 20 palavras vai manter a relação pacífica e duradoura, evitar conflitos e fazer com que seu ogrinho sinta-se mais sábio. O pior é que morar com a família do namorado também traz consequências, a avó pode até ser um amor nas curtas conversas esporádicas, mas idosos odeiam pessoas que dormem até tarde, tem uma falta de educação sistemática e acham que o respeito por conta da idade permite que sejam grosseiros e digam o que bem entendem. Enfim, só tenho que desejar-lhe boa sorte com a empreitada. Ah, assista Tarzam para fazer um laboratório...