sábado, 12 de março de 2011

TREVAS

Correntes se arrastam, sentimentos se confundem, cada vez mais embrutecidas ficam as pessoas. Verdadeiros monstros, algozes de seus próprios companheiros, animais, um devora o outro, massacram-se guerreiam entre si, despem-se de toda humanidade e compaixão. O capital, sublime capital, tão debatido, estudado, marxizado, esmiuçado; era antes um objeto, tornou-se, porém, protagonista. E nós, vivenciamos o abandono, o medo, a perda, a loucura e nos jogamos, as vezes na rua, calçadas, preenchemos nosso vazio com vazios ainda maiores, não vivemos sem o cansaço, só nos sentimos gente com escassez de tempo, com falta de carinho, falta de amor e sobrecargas de sentimentos ruins. Só vejo trevas, só vejo nuvens no futuro. É a visão que tenho da humanidade hoje.

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